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JAMES BENNING NO DOCLISBOA

James Benning vem a Lisboa apresentar “11 x 14” de 1977, recentemente restaurado e matriz do seu cinema crente na capacidade de revelação inerente ao plano longo. Um cinema sintonizado com aquilo a que nos anos 1970 se chamava cinema (experimental) estruturalista. A mesma crença de certos cineastas de hoje conotados com o que se convencionou chamar “slow cinema”.

Talvez o autor neste encontro promovido pelo Doclisboa nos explique a sua predilecção pela passagem seguinte de “Walden”, de Henry David Thoreau: “Nenhum método ou disciplina suplanta a necessidade de permanecer sempre alerta. O que é o curso da História, filosofia ou poesia, por mais seleccionada que seja, ou a melhor sociedade ou a mais admirável rotina da vida em comparação com a disciplina de olhar incessantemente o que existe para ser visto?”.

Amanhã na Culturgest às 19h15.

Do mini-ciclo no Doclisboa do cineasta que diz que não gosta de cinema fazem ainda parte os seus mais recentes filmes “L. Cohen” e “measuring change”, projectados no dia seguinte.

 

https://www.doclisboa.org/2018/edicao-actual/seccoes/riscos/realizador-convidado-james-benning