IMAGENS DA GUERRA NUCLEAR

Perante este período tenebroso que temos vivido com a Guerra na Ucrânia, e a ameaça de um dia que se pareça com a sequência final do “Doutor Estranho Amor”, recordamos o vídeo “Plan A”, uma animação desenvolvida há três anos pela Universidade de Princeton em que se simula um conflito nuclear entre Estados Unidos e Rússia, com uma série de estimativas associadas.

 

 

A este propósito lembramos ainda os filmes históricos “Os Efeitos da Bomba Atómica em Hiroshima e Nagasaki”, documentário japonês financiado pelo exército norte-americano, bem como “The War Game”, docuficção de um ataque nuclear soviético em Inglaterra.

 

“Os Efeitos da Bomba Atómica em Hiroshima e Nagasaki” (1946), de Ito Sueo:

 

Como os filmes “atómicos” de Kamei Fumio, o “pai” do documentarismo nipónico, o filme acima esteve censurado durante décadas pelas autoridades japonesas e norte-americanas.

 

“The War Game” (1965), de Peter Watkins:

 

Perto do final da Guerra Fria foi lançado “Resan”, também de Watkins, monumental documentário sobre o fenómeno nuclear, que, mais de três décadas depois da queda do Muro de Berlim, se mantém gritantemente actual em muitos aspectos, como na visível “monoforma” (conceito de Watkins para uma linguagem audiovisual que impõe uma forma de pensar ao espectador), que hoje se estendeu, para além da televisão e do cinema comercial, ao espaço imediatista das redes sociais, tornando-se mais acelerada e alienante independentemente do seu “medium”.

 

“Resan / The Journey” (1987), de Peter Watkins:

 

Final de “Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb” (1964), de Stanley Kubrick:

 

Haja esperança… e consciência de quem manda na guerra.

 

“We’ll meet again some sunny day”.

 

“Bombhead”, fotomontagem de Bruce Conner.